Estrabismo

Foto cirurgia: Estrabismo
A grande maioria dos estrabismos exige tratamento cirúrgico para sua eliminação. Grande parte das vezes a finalidade é apenas estética. Em outros casos, a cirurgia visa restaurar ou recuperar a visão binocular com todas as suas vantagens, como a percepção ou discriminação de distância (estereopsia) e a fusão das imagens provenientes de cada olho. Em ambas situações, procura-se promover ou restaurar a ortotropia (olhos paralelos) de preferência mantido em todas as posições do olhar. O tratamento cirúrgico na maior parte das vezes se baseia em modificações nos músculos oculomotores, debilitando-os, alongando-os, encurtando-os ou alterando a orientação de seu plano de ação. Algumas vezes pode-se atuar na conjuntiva e fáscias oculares. Quando nos propomos a realizar uma intervenção cirúrgica devemos considerar vários fatores que podem interferir no resultado. Assim diante das seguintes situações: baixo potencial de fusão, correspondência sensorial anômala, altos erros refracionais, ambliopia severa não tratável, lesão ocular irreversível, dano cerebral grave, etc., o efeito de um determinado procedimento cirúrgico não é tão previsível. Numa situação oposta: boa acuidade visual e ausência das alterações acima, a chance de sucesso melhora significativamente. A re-operação, a fim de alterar o resultado previamente obtido quer melhorando a estética ou a visão binocular do paciente, é uma possibilidade que está sempre presente embora seja desagradável e frustrante tanto para o paciente como para o cirurgião. Mesmo com todo o cuidado durante o ato cirúrgico e experiência na elaboração do plano cirúrgico, estamos sujeitos a resultados indesejados e muitas vezes temos que re-operar, visto que o sucesso do tratamento está relacionado não só as habilidades propedêuticas e cirúrgicas do médico, mas também as características do próprio desvio.

A Cirurgia

Uma vez estabelecido o plano cirúrgico, parte-se para a cirurgia propriamente dita, que pode ser realizada com anestesia geral (crianças, adultos não cooperativos ou ansiosos) ou ainda com anestesia local, quer seja bloqueio peribulbar ou mesmo com anestesia tópica, nos casos da cirurgia reajustável.

Pós-operatório

O curativo inicial deve ser mantido por 24 horas. Após remover o curativo, são orientados colírio de corticóide e antibiótico por uma semana a 15 dias e analgésicos para dor. Compressas frias (03 a 04 pedras de gelo picado dentro de um saco plástico envoltas em um pano) por 20 minutos a cada 4 horas ajudam a diminuir a dor e o edema nas primeiras 24 horas pós-operatórias. Lacrimejamento, irritação, ardência, sensação de corpo estranho são normais na primeira semana devido à presença dos pontos conjuntivais e da própria inflamação decorrente do trauma cirúrgico. Em geral o olho reassume seu aspecto normal ao final da segunda semana de pós-operatório.

Cuidados

Pós-operatório da cirurgia de estrabismo é relativamente tranqüilo, visto que a intervenção só abrange tecidos perioculares (músculo, fáscia e conjuntiva). O olho em si não sofre intervenção interna de modo que a acuidade visual permanece inalterada. Como regra geral para qualquer cirurgia ocular, evite tocar os olhos com os dedos, evite coçá-los e procure evitar também traumas. Não use lenço de pano para secar possível lacrimejamento, somente gaze, algodão ou lenço de papel, descartando-os a seguir. Use óculos escuros durante o dia caso o sol incomode. Dentro do possível procure manter os olhos voltados para frente. Pequenos movimentos oculares não trazem problemas. Evite, porém, olhar em posições laterais ou verticais extremas, fato que provocaria uma tração aumentada em uma sutura muscular recém realizada. Se necessário, limpar o olho operado com soro fisiológico ou água boricada. Não é necessária a retirada de pontos cirúrgicos, os mesmos ou são absorvidos ou caem espontaneamente. Sem qualquer restrição para atividades leves ou dieta. Seu bom senso é seu guia.

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